Como "tiktokização" dos conteúdos fez com que todas as redes sociais se adaptassem aos
short vídeos?

Em um mundo cada vez mais conectado, onde a atenção não é mais contínua, a alta performance de publicidades depende do impulsionamento em vídeos curtos e cabe às marcas surfar na maré que se mostra progressiva contra as mídias tradicionais.

O surgimento de estratégias pode ocorrer de maneira súbita – o famoso hype -, mas, no geral, esses parâmetros são um conjunto de informações colhidas no decorrer dos anos. A ascensão do Titktok, por exemplo, começou lá em 2019 e se intensificou durante a pandemia, mas não

pisou no freio desde então.

Todas as suas tendências, novas maneiras de criação, ferramentas e comunidades sofreram e sofrem diversas transformações até hoje. E é por isso que, quando falamos de voltar o olhar para os próximos anos, é minimamente necessário já ter explorado o agora.

E por falar em Tiktok, o poder das comunidades não deixará de ser dominante...

Tudo começou por ela: a busca pelo sentimento de pertencimento. É assim que hashtags direcionadas foram estabelecidas, nichos cada vez mais específicos, criadores cada vez mais fortes em seus canais.

Isso beneficia quem tem o olhar afunilado para encontrar a sua persona em centenas de milhares de pessoas. É como acender várias lâmpadas com um só interruptor. Um exemplo prático?

De acordo com a pesquisa realizada pela Nielsen BookScan, só no Brasil foi registrado um aumento de 40% no número de livros vendidos nos últimos dois anos, e o principal responsável é o movimento indomável dos #BookTokers: um grande clube do livro composto
por quem produz - dicas, reviews - e quem consome.

Nesse mês de dezembro, o próprio Tiktok decidiu demonstrar a influência de se ter comunidades bem estabelecidas e abriu, como comemoração, a “Livraria dos Mais Assistidos no TikTok” em São Paulo para distribuir 100 mil livros gratuitos durante uma semana.

E aqui entram os creators: toda a curadoria das obras foi realizada por influenciadores do nicho, Digão Roque, Patrick Torres e Karine Leôncio.

Dito isso, já que olhamos pro agora, podemos nos certificar em saber que em 2025 a tendência, de acordo com a Kantar, é que as marcas devem se beneficiar das comunidades de maneira ainda mais imersiva, principalmente quem sair da caixinha quando falamos de inovação.

Isso estabelece alguns patamares ou subníveis dentro da criação de conteúdos e da parceria entre marcas e influencers digitais.

Estudar a inclusão e os novos moldes de crescimento populacional pode mudar a visão de horizonte da sua marca

Você pode ser uma das pessoas que caminha sobre a corda bamba de decidir se as empresas também tem papel crucial na inclusão social e diversidade, com o objetivo de quebrar padrões de preconceito na sociedade.

Pessoalmente, pode ser que essa seja uma ponderação feita através de princípios, mas estatisticamente foi calculado no global Marketing Trends que, ao ignorar a massa LGBTQIAP+, mulheres, pessoas com deficiência, pretas e pardas, as marcas enfrentam, potencialmente, uma perda de R$1,9 trilhão.

Concomitante a isso, o IBGE prevê que o Brasil, daqui a três décadas, será o sexto país mais velho do mundo. O estudo da AlmapBBDO mostra que hoje, o público 50+ representa 70% e 64% (classe ABC e indivíduos de Paraisópolis, respectivamente) dos que acessam a internet e as redes sociais, todos os dias.

Apesar disso, Rita Almeida, head de estratégia da AlmapBBDO afirma que “[...] felizmente, várias facetas da diversidade estão sendo trabalhadas, mas, a etária não, pois o Brasil é alucinado e pautado pela juventude”.

Sua marca está preparada para um mercado que, daqui há alguns anos, pode representar 15% da população em termos do público 60+?

Conclusão:

Reveja estratégias, redesenhe prioridades e explore novos campos em parcerias no marketing de influência. Lembre-se: conexão é a chave, e com a metodologia certa, a chave só abre portas pra onde você quer ir.

Confie nas comunidades, na inclusão, em campanhas bem direcionadas e no aproveitamento do que a sua marca já viveu para construir melhores resultados. Feliz 2025, marketeiro!